ALTERNATIVAS JURÍDICAS À CONCESSÃO À NAVEGAÇÃO AÉREA NO BRASIL
Resumo
Após a instalação de um novo auxílio à navegação aérea pela União, esta permanece como responsável pela sua operação. Este artigo se dedicou a buscar explicações de por que a União não deve ser proprietária dos auxílios à navegação aérea, uma vez que estes fazem parte da infraestrutura aeroportuária local. Existe a possibilidade de estes ativos serem concedidos mediante contratos de longo prazo. Assim toda a manutenção dessa infraestrutura por terceiros reduz os custos inerentes à propriedade. Como referencial teórico foi utilizada a abordagem institucionalista das firmas e mercados, ligada à teoria dos custos de transação de Williamson a partir de Coase para analisar as formas de busca por maior eficiência refletida nos padrões de conduta dos agentes e na forma pela qual as atividades econômicas são organizadas e coordenadas visando à minimização dos custos de transação por parte dos agentes econômicos, porque possui uma abordagem interdisciplinar e propõe a uma análise comparativa entre a propriedade (contratos), a estrutura organizacional e os mecanismos de governança. Diferentes formas de organização da atividade econômica correspondem às instituições jurídicas. A legislação administrativa brasileira, no entanto, não estabelece critério para a partilha de riscos dentro de um contrato. Embora não seja possível a concessão de auxílios à navegação aérea por meio de contratos de longo prazo à administração aeroportuária local, esta seria uma alternativa economicamente viável.
Referências
COASE, R. H. (1937). The Nature of the Firm. Economica , v. 4, November,
p. 386-405.
COELHO, V; FISCHER, T. A atuação dos novos agentes reguladores em um
contexto de reestruturação do setor energético brasileiro: o caso ARCON.
ENCONTRO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃ O
EM ADMINISTRAÇÃ O. Anais, 2002.
DOSI, G. (1988). Souces, Procedures, and Microeconomics effects of Innovation.
Journal of Economic Literature, v. XX VI, setembro.
EISENHARDT, Kathleen M. “Agency theory: An assessment and review.” Academy
of management review 14.1 (1989): 57-74.
IRWIN, Timothy. Government Guarantees: Allocation and valuing risk in
privately financed infrastructure projects. The World Bank, Washington
D.C. 2007.
JENSEN, M. Self-interest, altruism, incentives & Agency Theory. Jounal of
Applied Corporate Finance. v. 7, n. 2, p. 1-16, 1994.
JENSEN, M.; MECKLING, W. Theory of the Firm: managerial behaviour,
agency cost and ownership structure. Journal of Financial Economics. v. 3, n. 4,
p. 1- 78, 1976.
LANE, J. Relevance of the principal-agent framework to public policy and
implementation. National University of Singapore, Faculty of Arts & Sciences.
Work paper series 2003.
MANKIW, N. Macroeconomia. Rio de Janeiro: LTC, 1998.
MILGROM, P.; ROBERTS, J. Economics: Organization and Management.
Prentice Hall, 621 p. New Jeraey, USA.
NESTER, Alexandre Wagner. O risco do empreendimento nas parcerias públicoprivadas.
In: TALAMINI, Eduardo; JUSTEN, Mônica. Parcerias Público-Privadas:
Enfoque multidisciplinar. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005.
NORTH, Douglass C. Institutions, institutional change and economic performance.
PEREZ, Marcos Augusto. O Risco no Contrato de Concessão de Serviço Público.
Belo Horizonte: Fórum, 2006.
RIBEIRO, Maurício Portugual; PRADO, Lucas Navarro. Comentários à lei de
PPP – Parceria Público Privada. São Paulo: Malheiros, 2008.
SIMON, H. (1959). Theories of Decision Making in Economics and Behavioral
Science. American Economic Review, v. 49, June, p. 253-258.
_____. From Substantive To Procedural Racionality. In: Hahn, F.; Hollis, M.(Eds)
Philosophy and Economic Theory (1979). Oxford Univ. Press.
_____. Rational Decision Making in Business Organization. American Economic
Review (1979), v. 69, September, p. 493-513.
WILLIAMSON, O. E. (1975). Market and Hierarchies: Analysis and Antitrust
Implications. New York: The Free Press.
_____. (1981). The Modern Corporation: Origins, Evolution, Attributes. Journal
of Economic Literature, v. 19, December, p. 1537-1568.
_____. (1985). The Economic Institutions of Capitalism . New York: The Free Press.
_____. Las instituciones económicas del capitalismo. México: Fondo de Cultura
Económica, 1989.
_____. “Transaction Cost Economics and Organization Theory”. Journal of
Industrial and Corporate Change, 2: 107-156.
_____. (1994). Strategizing, Economizing, and Economic Organization. In:
RUMELT. R.; SCHENDEL, D.; TEECE,D. Fundamental Issues in Strategy.
Harvard Business School Press, 1994.
_____. The mecanisms of governance. New York: Oxford University Press, 1996.
_____. Revisiting legal realism: the law, economics and organization perspective.
In: CARRIOL, Glenn R.; TEECE, David J. (Org.). Firms, markets and hierarquies:
the transaction cost economics perspective. New York: Oxford University Press,
p. 197-234.