ALTERNATIVAS JURÍDICAS À CONCESSÃO À NAVEGAÇÃO AÉREA NO BRASIL

Autores

  • José Evânio Guedes Júnior

Resumo

Após a instalação de um novo auxílio à navegação aérea pela União, esta permanece como responsável pela sua operação. Este artigo se dedicou a buscar explicações de por que a União não deve ser proprietária dos auxílios à navegação aérea, uma vez que estes fazem parte da infraestrutura aeroportuária local. Existe a possibilidade de estes ativos serem concedidos mediante contratos de longo prazo. Assim toda a manutenção dessa infraestrutura por terceiros reduz os custos inerentes à propriedade. Como referencial teórico foi utilizada a abordagem institucionalista das firmas e mercados, ligada à teoria dos custos de transação de Williamson a partir de Coase para analisar as formas de busca por maior eficiência refletida nos padrões de conduta dos agentes e na forma pela qual as atividades econômicas são organizadas e coordenadas visando à minimização dos custos de transação por parte dos agentes econômicos, porque possui uma abordagem interdisciplinar e propõe a uma análise comparativa entre a propriedade (contratos), a estrutura organizacional e os mecanismos de governança. Diferentes formas de organização da atividade econômica correspondem às instituições jurídicas. A legislação administrativa brasileira, no entanto, não estabelece critério para a partilha de riscos dentro de um contrato. Embora não seja possível a concessão de auxílios à navegação aérea por meio de contratos de longo prazo à administração aeroportuária local, esta seria uma alternativa economicamente viável.

Referências

COASE, R. H. (1937). The Nature of the Firm. Economica , v. 4, November,

p. 386-405.

COELHO, V; FISCHER, T. A atuação dos novos agentes reguladores em um

contexto de reestruturação do setor energético brasileiro: o caso ARCON.

ENCONTRO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃ O

EM ADMINISTRAÇÃ O. Anais, 2002.

DOSI, G. (1988). Souces, Procedures, and Microeconomics effects of Innovation.

Journal of Economic Literature, v. XX VI, setembro.

EISENHARDT, Kathleen M. “Agency theory: An assessment and review.” Academy

of management review 14.1 (1989): 57-74.

IRWIN, Timothy. Government Guarantees: Allocation and valuing risk in

privately financed infrastructure projects. The World Bank, Washington

D.C. 2007.

JENSEN, M. Self-interest, altruism, incentives & Agency Theory. Jounal of

Applied Corporate Finance. v. 7, n. 2, p. 1-16, 1994.

JENSEN, M.; MECKLING, W. Theory of the Firm: managerial behaviour,

agency cost and ownership structure. Journal of Financial Economics. v. 3, n. 4,

p. 1- 78, 1976.

LANE, J. Relevance of the principal-agent framework to public policy and

implementation. National University of Singapore, Faculty of Arts & Sciences.

Work paper series 2003.

MANKIW, N. Macroeconomia. Rio de Janeiro: LTC, 1998.

MILGROM, P.; ROBERTS, J. Economics: Organization and Management.

Prentice Hall, 621 p. New Jeraey, USA.

NESTER, Alexandre Wagner. O risco do empreendimento nas parcerias públicoprivadas.

In: TALAMINI, Eduardo; JUSTEN, Mônica. Parcerias Público-Privadas:

Enfoque multidisciplinar. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005.

NORTH, Douglass C. Institutions, institutional change and economic performance.

PEREZ, Marcos Augusto. O Risco no Contrato de Concessão de Serviço Público.

Belo Horizonte: Fórum, 2006.

RIBEIRO, Maurício Portugual; PRADO, Lucas Navarro. Comentários à lei de

PPP – Parceria Público Privada. São Paulo: Malheiros, 2008.

SIMON, H. (1959). Theories of Decision Making in Economics and Behavioral

Science. American Economic Review, v. 49, June, p. 253-258.

_____. From Substantive To Procedural Racionality. In: Hahn, F.; Hollis, M.(Eds)

Philosophy and Economic Theory (1979). Oxford Univ. Press.

_____. Rational Decision Making in Business Organization. American Economic

Review (1979), v. 69, September, p. 493-513.

WILLIAMSON, O. E. (1975). Market and Hierarchies: Analysis and Antitrust

Implications. New York: The Free Press.

_____. (1981). The Modern Corporation: Origins, Evolution, Attributes. Journal

of Economic Literature, v. 19, December, p. 1537-1568.

_____. (1985). The Economic Institutions of Capitalism . New York: The Free Press.

_____. Las instituciones económicas del capitalismo. México: Fondo de Cultura

Económica, 1989.

_____. “Transaction Cost Economics and Organization Theory”. Journal of

Industrial and Corporate Change, 2: 107-156.

_____. (1994). Strategizing, Economizing, and Economic Organization. In:

RUMELT. R.; SCHENDEL, D.; TEECE,D. Fundamental Issues in Strategy.

Harvard Business School Press, 1994.

_____. The mecanisms of governance. New York: Oxford University Press, 1996.

_____. Revisiting legal realism: the law, economics and organization perspective.

In: CARRIOL, Glenn R.; TEECE, David J. (Org.). Firms, markets and hierarquies:

the transaction cost economics perspective. New York: Oxford University Press,

p. 197-234.

Downloads

Publicado

2015-06-28 — Atualizado em 2015-06-28

Como Citar

Júnior, J. E. G. (2015). ALTERNATIVAS JURÍDICAS À CONCESSÃO À NAVEGAÇÃO AÉREA NO BRASIL. Publicações Da Escola Superior Da AGU, (38). Recuperado de https://revistaagu.agu.gov.br/index.php/EAGU/article/view/1201

Edição

Seção

ARTIGOS