DESNECESSIDADE DE OUTORGA UXÓRIA OU MARITAL PARA A PRESTAÇÃO DE GARANTIAS PESSOAIS NA UNIÃO ESTÁVEL
DOI:
https://doi.org/10.25109/2525-328X.v.15.n.1.2016.641Palavras-chave:
União Estável, Casamento, Outorga, Efeitos, Garantias, Fidejussórias, Segurança JurÃdica.Resumo
Através deste estudo propõe-se uma análise dos institutos da união estável e do casamento à luz de seus pressupostos jurídicos a fim de concluir se é imprescindível ou não a outorga uxória ou marital para a prestação de garantias fidejussórias por quem conviva em união estável, sobretudo, no que tange aos efeitos da concessão dessa garantia. Após necessária introdução, é abordada a questão da outorga conjugal e do estado familiar. Num segundo momento, analisa-se aspectos relevantes da fiança, do aval e dos efeitos da outorga uxória ou marital nas garantias fidejussórias. A seguir, revelam-se distinções jurídicas entre casamento e união estável. Não se trata de traçar distinções acerca do casamento e da união estável enquanto entidades familiares, porquanto a Constituição DE 1988 solapou tal discriminação. O exame circunscreve-se às características definidoras dos institutos. No decurso da exposição são abordadas decisões jurisprudenciais de Tribunais locais e do Superior Tribunal de Justiça. A publicidade, a boa-fé de terceiros e a segurança jurídica nos negócios são valores importantes para o nosso ordenamento, razão pela qual é pertinente o debate da temática abordada.
Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 05 de outubro de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao. Acesso em: 10/06/2015.
BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Resolução n. 175, de 16 de maio de 2013. Disponível em: http://www.cnj.jus.br/. Acesso em: 03/06/2015.
BRASIL. ESTADO DE SANTA CATARINA. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA. Apelação Cível n. 2013.074674-2, de Laguna, rel. Des. Saul Steil, Terceira Câmara de Direito Civil, j. 25-02-2014.
BRASIL. ESTADO DE SANTA CATARINA. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA. Apelação Cível n. 2006.045706-3, de Blumenau, rel. Des. Stanley da Silva Braga, Primeira Câmara de Direito Civil, j. 05-10-2010.
BRASIL. ESTADO DE SÃO PAULO. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO. Apelação Civil em Embargos de Terceiro n. 0006142-22.2011.8.26.0006. Relator: Gilson Delgado Miranda; Comarca: São Paulo; Órgão julgador: 28ª Câmara de Direito Privado; Data do julgamento: 28/04/2015; Data de registro: 30/04/2015.
BRASIL. Lei Federal n. 10.406 de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm. Acesso em: 03/06/2015.
BRASIL. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Súmula 377. Sessão Plenária de 03/04/1964. DJ de 8/5/1964, p. 1237; DJ de 11/5/1964, p. 1253; DJ de 12/5/1964, p. 1277.
BRASIL. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Súmula 332. Decisão: 05/03/2008. DJe 13/03/2008. RSSTJ vol. 28 p. 11.
BRASIL. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Recurso Especial n. 1163074/PB, Rel. Ministro Massami Uyeda, Terceira Turma, julgado em 15/12/2009, DJe 04/02/2010.
BRASIL. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Recurso Especial n. 525.765/RS, Rel. Ministro Castro Filho, Terceira Turma, julgado em 29/10/2003, DJ 17/11/2003, p. 325.
BRASIL. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Recurso Especial n. 1199790/MG, Rel. Ministro Vasco Della Giustina (Desembargador Convocado do TJ/RS), Terceira Turma, julgado em 14/12/2010, DJe 02/02/2011.
BRASIL. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Agravo Regimental nos Embargos de Declaração em Recurso Especial n. 1459299/DF, Rel. Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, Terceira Turma, julgado em 19/03/2015, DJe 31/03/2015.
BRASIL. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Agravo Regimental no Recurso Especial n. 1447925/MS, Rel. Ministro Sidnei Beneti, Terceira Turma, julgado em 27/05/2014, DJe 09/06/2014.
BRASIL. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Recurso Especial n. 1299866/DF, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 25/02/2014, DJe 21/03/2014.
COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de direito comercial. 25 ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
GONÇALVES. Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Vol. 1. Parte Geral. 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
GONÇALVES. Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Vol. III. Contratos e atos unilaterais. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito de família. vol. 2. 12 ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
LOUREIRO FILHO, Lair da Silva. LOUREIRO, Claudia Regina de Oliveira Magalhães da Silva. Notas e Registros Públicos. 4 ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
MATTOS, Sílvia Ferreira Persechini. Outorga conjugal no aval: uma análise no plano da eficácia do fato jurídico. Belo Horizonte: Del Rey, 2012.
MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 21 ed. São Paulo: Atlas, 2007.
PLANIOL, Marcel. RIPERT, Georges. Traité pratiqué de droit civil français. Vol. 1. Paris, LGDJ, 1952.
REZENDE, Afonso Celso Furtado de. CHAVES, Carlos Fernando Brasil. Tabelionato de notas e o notário perfeito. 6 ed. Campinas-SP: Millenium Editora, 2010.
RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família: Lei n. 10.406, de 10.01.2002. Rio de Janeiro: Forense, 2007.
RODRIGUES, Silvio. Direito Civil. vol 1. 32 ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 29ª ed. São Paulo: Malheiros, 2006.
VALLADÃO, Haroldo. Capacidade de Direito, in Enciclopédia Saraiva do Direito, v. 13, São Paulo: Saraiva.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 REVISTA DA AGU

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta Revista concordam com os seguintes termos:
- os autores mantêm os direitos autorais e concedem à Revista da AGU o direito de primeira publicação;
- os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta Revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta Revista.