DESNECESSIDADE DE OUTORGA UXÓRIA OU MARITAL PARA A PRESTAÇÃO DE GARANTIAS PESSOAIS NA UNIÃO ESTÁVEL

Autores

  • Gabriela Almeida Marcon Advocacia-Geral da União

DOI:

https://doi.org/10.25109/2525-328X.v.15.n.1.2016.641

Palavras-chave:

União Estável, Casamento, Outorga, Efeitos, Garantias, Fidejussórias, Segurança Jurídica.

Resumo

Através deste estudo propõe-se uma análise dos institutos da união estável e do casamento à luz de seus pressupostos jurídicos a fim de concluir se é imprescindível ou não a outorga uxória ou marital para a prestação de garantias fidejussórias por quem conviva em união estável, sobretudo, no que tange aos efeitos da concessão dessa garantia. Após necessária introdução, é abordada a questão da outorga conjugal e do estado familiar. Num segundo momento, analisa-se aspectos relevantes da fiança, do aval e dos efeitos da outorga uxória ou marital nas garantias fidejussórias. A seguir, revelam-se distinções jurídicas entre casamento e união estável. Não se trata de traçar distinções acerca do casamento e da união estável enquanto entidades familiares, porquanto a Constituição DE 1988 solapou tal discriminação. O exame circunscreve-se às características definidoras dos institutos. No decurso da exposição são abordadas decisões jurisprudenciais de Tribunais locais e do Superior Tribunal de Justiça.  A publicidade, a boa-fé de terceiros e a segurança jurídica nos negócios são valores importantes para o nosso ordenamento, razão pela qual é pertinente o debate da temática abordada.

Biografia do Autor

Gabriela Almeida Marcon, Advocacia-Geral da União

Procuradora Federal. Especialista em Direito Tributário. Pós-Graduada em Direito Notarial e Registral. Mestranda em Administração

Referências

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 05 de outubro de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao. Acesso em: 10/06/2015.

BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Resolução n. 175, de 16 de maio de 2013. Disponível em: http://www.cnj.jus.br/. Acesso em: 03/06/2015.

BRASIL. ESTADO DE SANTA CATARINA. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA. Apelação Cível n. 2013.074674-2, de Laguna, rel. Des. Saul Steil, Terceira Câmara de Direito Civil, j. 25-02-2014.

BRASIL. ESTADO DE SANTA CATARINA. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA. Apelação Cível n. 2006.045706-3, de Blumenau, rel. Des. Stanley da Silva Braga, Primeira Câmara de Direito Civil, j. 05-10-2010.

BRASIL. ESTADO DE SÃO PAULO. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO. Apelação Civil em Embargos de Terceiro n. 0006142-22.2011.8.26.0006. Relator: Gilson Delgado Miranda; Comarca: São Paulo; Órgão julgador: 28ª Câmara de Direito Privado; Data do julgamento: 28/04/2015; Data de registro: 30/04/2015.

BRASIL. Lei Federal n. 10.406 de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm. Acesso em: 03/06/2015.

BRASIL. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Súmula 377. Sessão Plenária de 03/04/1964. DJ de 8/5/1964, p. 1237; DJ de 11/5/1964, p. 1253; DJ de 12/5/1964, p. 1277.

BRASIL. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Súmula 332. Decisão: 05/03/2008. DJe 13/03/2008. RSSTJ vol. 28 p. 11.

BRASIL. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Recurso Especial n. 1163074/PB, Rel. Ministro Massami Uyeda, Terceira Turma, julgado em 15/12/2009, DJe 04/02/2010.

BRASIL. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Recurso Especial n. 525.765/RS, Rel. Ministro Castro Filho, Terceira Turma, julgado em 29/10/2003, DJ 17/11/2003, p. 325.

BRASIL. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Recurso Especial n. 1199790/MG, Rel. Ministro Vasco Della Giustina (Desembargador Convocado do TJ/RS), Terceira Turma, julgado em 14/12/2010, DJe 02/02/2011.

BRASIL. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Agravo Regimental nos Embargos de Declaração em Recurso Especial n. 1459299/DF, Rel. Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, Terceira Turma, julgado em 19/03/2015, DJe 31/03/2015.

BRASIL. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Agravo Regimental no Recurso Especial n. 1447925/MS, Rel. Ministro Sidnei Beneti, Terceira Turma, julgado em 27/05/2014, DJe 09/06/2014.

BRASIL. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Recurso Especial n. 1299866/DF, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 25/02/2014, DJe 21/03/2014.

COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de direito comercial. 25 ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

GONÇALVES. Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Vol. 1. Parte Geral. 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007.

GONÇALVES. Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Vol. III. Contratos e atos unilaterais. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007.

GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito de família. vol. 2. 12 ed. São Paulo: Saraiva, 2007.

LOUREIRO FILHO, Lair da Silva. LOUREIRO, Claudia Regina de Oliveira Magalhães da Silva. Notas e Registros Públicos. 4 ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

MATTOS, Sílvia Ferreira Persechini. Outorga conjugal no aval: uma análise no plano da eficácia do fato jurídico. Belo Horizonte: Del Rey, 2012.

MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 21 ed. São Paulo: Atlas, 2007.

PLANIOL, Marcel. RIPERT, Georges. Traité pratiqué de droit civil français. Vol. 1. Paris, LGDJ, 1952.

REZENDE, Afonso Celso Furtado de. CHAVES, Carlos Fernando Brasil. Tabelionato de notas e o notário perfeito. 6 ed. Campinas-SP: Millenium Editora, 2010.

RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família: Lei n. 10.406, de 10.01.2002. Rio de Janeiro: Forense, 2007.

RODRIGUES, Silvio. Direito Civil. vol 1. 32 ed. São Paulo: Saraiva, 2002.

SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 29ª ed. São Paulo: Malheiros, 2006.

VALLADÃO, Haroldo. Capacidade de Direito, in Enciclopédia Saraiva do Direito, v. 13, São Paulo: Saraiva.

Downloads

Publicado

2016-05-02 — Atualizado em 2016-05-02

Como Citar

MARCON, G. A. DESNECESSIDADE DE OUTORGA UXÓRIA OU MARITAL PARA A PRESTAÇÃO DE GARANTIAS PESSOAIS NA UNIÃO ESTÁVEL. REVISTA DA AGU, [S. l.], v. 15, n. 1, 2016. DOI: 10.25109/2525-328X.v.15.n.1.2016.641. Disponível em: https://revistaagu.agu.gov.br/index.php/AGU/article/view/641. Acesso em: 9 abr. 2025.

Edição

Seção

Artigos