O ATIVISMO JUDICIAL E UM NOVO MARCO JURÍDICO- GERENCIAL DEMOCRÁTICO

Autores

  • Juliano Ribeiro Santos Veloso AGU

Resumo

O ativismo judicial surge em função do distanciamento entre os desideratos constitucionais e as políticas públicas vigentes. Há uma predisposição de intervenção do Judiciário em termos de garantias de direitos nas políticas públicas, o que causa uma readequação nos limites da liberdade (discricionariedade) do gestor público. Por outro lado, as implicações concretas destas intervenções nem sempre podem gerar o resultado esperado, porquanto há uma extensa gama de interrelações envolvidas que nem sempre estão conscientemente tratadas nas decisões. Diversos são os atores sociais intervenientes (associações, sindicatos, Ministério Público, magistrados, acadêmicos, entre outros) e formas de participação social na gestão devem estar delimitadas. Neste contexto, partindo da Constituição Federal de 1988, um novo marco teórico deve ser capaz de criar um campo fértil no sentido do desenvolvimento da experiência jurídico gerencial das políticas públicas. Este artigo tentará demonstrar a importância e a forma de criação deste necessário modelo de atuação.

Biografia do Autor

Juliano Ribeiro Santos Veloso, AGU

Procurador Federal/Advocacia Geral Da União.

Bacharel em Administração Pública pela Escola de Governo de Minas Gerais/

Fundação João Pinheiro. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da UFMG.

Pós Graduado em Gestão de Negócios/Banking pela Fundação Dom Cabral. Pós

Graduado em Direito Processual Civil LFG/UNAMA.

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Publicado

2011-04-30 — Atualizado em 2011-04-30

Versões

Como Citar

Veloso, J. R. S. (2011). O ATIVISMO JUDICIAL E UM NOVO MARCO JURÍDICO- GERENCIAL DEMOCRÁTICO. Publicações Da Escola Superior Da AGU, (09). Recuperado de https://revistaagu.agu.gov.br/index.php/EAGU/article/view/1748

Edição

Seção

ARTIGOS