https://revistaagu.agu.gov.br/index.php/AGU/issue/feed REVISTA DA AGU 2025-09-30T16:05:38-03:00 Escola Superior da Advocacia-Geral da União Ministro Victor eagu.avaliaeditorial@agu.gov.br Open Journal Systems <p>A Revista da AGU é uma revista acadêmica de artigos científicos nas áreas da Advocacia Pública, Direito Público e Gestão Pública com classificação A2 pela CAPES e publicada trimestralmente pela Escola Superior da Advocacia-Geral da União. <br />Os artigos inéditos submetidos pelos pesquisadores são avaliados por qualificados pareceristas. Para conhecer melhor a Revista da AGU e como fazer a submissão, acesse aqui:</p> https://revistaagu.agu.gov.br/index.php/AGU/article/view/3707 Editorial 2025-09-30T14:21:24-03:00 Henrique Augusto Figueiredo Fulgêncio henrique.fulgencio@agu.gov.br 2025-09-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 REVISTA DA AGU https://revistaagu.agu.gov.br/index.php/AGU/article/view/3636 Apostas e lavagem de dinheiro: uma análise das BETS 2025-07-01T14:08:44-03:00 Alessandro Fernandes alfernandes@edu.unisinos.br Sérgio Nojiri papaihelena@usp.br <p style="font-weight: 400;">O texto aborda a investigação da relação entre atividades de apostas, especialmente as BETs (<em>Betting Exchanges</em>), e a lavagem de dinheiro. O estudo inclui uma revisão histórica das apostas, como o jogo do bicho, o bingo, cassinos e a loteca, e explora como essas modalidades estão vinculadas ao processo de ocultação de recursos ilícitos. Também são examinadas as tipologias associadas às BETs, identificando estratégias e padrões utilizados para a lavagem de dinheiro nesse contexto. O texto propõe o desenvolvimento de uma matriz de risco para avaliar o potencial de risco dessas atividades para a lavagem de dinheiro, destacando a importância de medidas regulatórias e de fiscalização para prevenir essas práticas criminosas.</p> 2025-09-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 REVISTA DA AGU https://revistaagu.agu.gov.br/index.php/AGU/article/view/3669 Liderança normativa institucional: uma chave analítica para o direito público democrático 2025-07-08T12:49:17-03:00 Daniel Lucas dsldireito@gmail.com Carlos Alberto Pereira das Neves Bolonha bolonhacarlos@gmail.com <p>O direito público contemporâneo ainda trata de forma insuficiente a categoria da liderança, ignorando que ela é condição estrutural para o funcionamento das democracias e das instituições estatais. Este artigo propõe o conceito de liderança normativa institucional como uma função jurídica exercida por instituições públicas, orientada por sua missão constitucional, por princípios normativos e pela exigência de justificação pública. Sem vincular a liderança à posição formal ou à personalidade dos atores, a proposta aqui desenvolvida a compreende como prática institucional controlável e responsável. O artigo dialoga com a teoria política, especialmente a partir das limitações do modelo de Schumpeter, com a teoria da organização e com a teoria da autoridade, para construir uma chave analítica que permite ao direito público entender como se produz autoridade legítima em ambientes democráticos complexos. Argumenta-se que a liderança normativa institucional não enfraquece a legalidade, mas fortalece o Estado de Direito democrático ao organizar a transformação de princípios constitucionais em decisões públicas justificáveis. A proposta se operacionaliza em uma matriz analítica estruturada em três níveis (chamada por analogia de maxiprocessos, macroprocessos e microprocessos) que oferece um instrumento teórico e prático para avaliar a legitimidade do exercício do poder público.</p> 2025-09-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 REVISTA DA AGU https://revistaagu.agu.gov.br/index.php/AGU/article/view/3670 O Imposto Seletivo: a dimensão arrecadatória de um imposto (pretensamente) indutor 2025-08-04T11:57:28-03:00 Flavio Felipe Pereira Vieira dos Santos flavio.felipe.santos@alumni.usp.br Marcio Henrique Pereira Ponzilacqua marciorique@usp.br <p>O presente artigo investiga a dimensão arrecadatória – ou fiscal – do Imposto Seletivo (IS). O IS tem como objetivo declarado a indução de comportamentos saudáveis e sustentáveis, ao incidir sobre bens e serviços prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Contudo, a Constituição Federal também atribuiu ao IS funções que lhe conferem uma dimensão arrecadatória relevante, em contraste com suas funções indutoras. O objetivo principal é verificar se há elementos na Constituição Federal – após a Emenda n.º 132/2023 (Reforma Tributária) – e na Lei Complementar n.º 214/2025 que apontem o IS como um tributo com funções arrecadatórias relevantes. A metodologia adotada é a pesquisa bibliográfico-documental. Os resultados apontam que, embora formal e aparentemente o IS atue como um imposto indutor, há características fortemente arrecadatórias em seu desenho normativo, o que aponta para o fenômeno da ilusão fiscal e da ausência de transparência quanto aos reais objetivos do imposto. Conclui-se que os objetivos formais indutores do IS escondem feições arrecadatórias, o que indica uma ausência de transparência em sua regra matriz de incidência.</p> 2025-09-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 REVISTA DA AGU https://revistaagu.agu.gov.br/index.php/AGU/article/view/3663 Desafios e resultados das cotas raciais no ensino superior do Paraná 2025-08-04T12:07:41-03:00 Leandro Cavalcante Lima leandrocavalcantelima@gmail.com Isaura Alberton de Lima alberton@utfpr.edu.br <p>Este estudo teve como objetivo refletir sobre a eficácia das políticas de cotas raciais na promoção da inclusão e permanência de estudantes pretos, pardos e indígenas em instituições federais de ensino superior do Paraná, em um contexto de persistente desigualdade étnico-racial. A pesquisa, de natureza mista, combinou revisão bibliográfica e análise quantitativa de dados obtidos da plataforma IBGE, Inep e dos sites institucionais, abrangendo o período de 2012 a 2022. Foram analisados os dados de ingresso de estudantes autodeclarados pretos, pardos e indígenas, bem como os dados sobre a assistência estudantil extraídos dos Relatórios de Gestão 2023. Os resultados indicam um aumento no ingresso de estudantes negros, pardos e indígenas, especialmente egressos do ensino médio público. No entanto, a permanência desses estudantes ainda apresenta desafios significativos, evidenciando a necessidade de aprimorar as políticas de assistência estudantil. Conclui-se que, embora as ações afirmativas sejam fundamentais para a promoção da equidade racial, é preciso um acompanhamento contínuo e ajustes nas políticas para garantir a inclusão e a permanência desses estudantes no ensino superior.</p> 2025-09-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 REVISTA DA AGU https://revistaagu.agu.gov.br/index.php/AGU/article/view/3665 Crise climática e fragmentação territorial: desafios e oportunidades da governança da geoinformação no Brasil 2025-07-22T12:49:00-03:00 Luiz Antonio Mano Ugeda Sanches luiz.ugeda@gmail.com Karine Finn Ugeda Sanches kafusanches@gmail.com <p>A capacidade de responder aos impactos do aquecimento global e aos compromissos assumidos em tratados multilaterais exige que os Estados desenvolvam sistemas integrados de monitoramento territorial e ambiental. Este artigo analisa a criação da Comissão Nacional de Geoinformação (CONGEO) como tentativa de enfrentar o atual déficit estrutural de articulação entre informações espaciais e variáveis climáticas no Brasil. Sustenta-se que a ausência de um marco legal de interoperabilidade entre cadastros fundiários, ambientais e dominiais impede que alertas sobre desmatamento e emissões se convertam em ações concretas de mitigação. Com base em revisão bibliográfica e análise normativa, argumenta-se que regulamentar o art. 21, XV da Constituição Federal é condição fundamental para reverter esse quadro. A consolidação de uma infraestrutura pública de dados territoriais qualificados e auditáveis é apresentada como estratégia indispensável para reconstruir a capacidade estatal de prevenir, monitorar e responder aos efeitos da instabilidade climática, com base em princípios de justiça socioambiental, segurança jurídica e transparência.</p> 2025-09-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 REVISTA DA AGU https://revistaagu.agu.gov.br/index.php/AGU/article/view/3442 Preservação da empresa: princípio ou regra no direito falimentar brasileiro? 2024-05-20T14:25:18-03:00 Marcus de Freitas Gouvea marcus.gouvea@pgfn.gov.br <p>No direito brasileiro, os princípios são considerados superiores às normas, pois conferem caráter sistêmico ao direito, sendo capazes de influenciar a interpretação das normas e levar à eliminação destas do ordenamento jurídico. A lei falimentar tem seus próprios princípios e, supostamente, a “preservação da empresa” seria um deles. Relatórios oficiais sobre o projeto da atual lei de insolvência o mencionam, a literatura apoia sua existência, e a jurisprudência frequentemente a ele faz referência. No entanto, esse princípio não está explícito na Constituição nem na lei, e a literatura e a jurisprudência não parecem tê-lo investigado profundamente. Este trabalho defende que a preservação da empresa viável é apenas uma regra de direito, igual em importância à regra que exige a liquidação de empresas inviáveis, e ambos são mecanismos legais que devem implementar o “princípio da maximização do valor da empresa”.</p> 2025-09-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 REVISTA DA AGU https://revistaagu.agu.gov.br/index.php/AGU/article/view/3671 Mal de arconte: sintomas da balança previdenciária na jurisdição constitucional 2025-06-30T14:13:25-03:00 Pablo Pedrosa pablogalas@gmail.com Raul Lopes de Araújo Neto raullopes@ufpi.edu.br <p>O artigo identifica sintomas de como o déficit da balança previdenciária manifesta-se direta ou indiretamente na jurisdição constitucional. Analisa como a ausência de reformas políticas resolutivas sobre o tema desloca o debate para o STF, que assume o papel de censor moral sobre os valores que deverão prevalecer em temas relevantes para a balança previdenciária, como novas formas de relação de trabalho em uma sociedade de risco e mecanismos de eficiência do sistema tributário progressivo e solidário em uma sociedade de concentração de renda. Reflete, por fim, sobre os riscos do papel de superego da sociedade assumido pelo Supremo Tribunal Federal como arconte da balança previdenciária. &nbsp;</p> 2025-09-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 REVISTA DA AGU https://revistaagu.agu.gov.br/index.php/AGU/article/view/3574 Fundamentos sociais da proteção de gênero nas aposentadorias programáticas 2025-03-17T17:25:17-03:00 Rainer Bomfim rainerbomfim@outlook.com <p>Sob a vertente jurídico-sociológica, investiga-se quais são os critérios e os fatores que fundamentam a redução de tempo e idade na aposentadoria programática para mulheres. Como hipótese tem-se um padrão histórico de construção social que atribui mais trabalho – de maneira contínua e não remunerada – para mulheres e essa divisão desigual se constitui um risco social reconhecido pela teleologia previdenciária. Justifica-se a pesquisa pela existência de ações de reforma da proteção previdenciária com algumas propostas de equiparação da idade entre mulheres e homens para a concessão das aposentadorias programáticas.</p> 2025-09-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 REVISTA DA AGU https://revistaagu.agu.gov.br/index.php/AGU/article/view/3632 A reforma tributária e as políticas públicas tributárias 2025-05-26T11:35:49-03:00 Rodrigo Severo severo.rodrigo1@gmail.com Edemar Rotta erotta@uffs.edu.br <p>O Sistema Tributário Nacional (STN) transcende a simples orientação de tributos, funcionando como um subsistema constitucional que concretiza garantias e princípios, protegendo direitos fundamentais durante a competência tributária. Esse sistema visa fornecer segurança jurídica aos contribuintes perante o “poder de tributar” do Estado, em linha com os objetivos estatais de construir uma sociedade justa, erradicar a pobreza e reduzir desigualdades. Os tributos desempenham funções fiscais e extrafiscais, contribuindo para atingir esses objetivos. As Políticas Públicas Tributárias (PPT) emergem como soluções alternativas e complementares às políticas públicas “tradicionais”, sendo instrumentos cruciais para enfrentar problemas sociais e ambientais, inserindo-se nas agendas políticas para modificar a realidade social. O ensaio aqui proposto, de abordagem qualitativa, com fins exploratórios e fundado em estudo de documentos e revisão bibliográfica, quer compreender como as PPT, especialmente a partir da função extrafiscal dos impostos e dos princípios de “justiça tributária” e “defesa do meio ambiente”, podem ser uma alternativa complementar às políticas públicas “tradicionais”, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico sustentável. Para isso reflete-se sobre as PPT, o STN e a proposta de Reforma Tributária (RT) que em parte foi regulamentada, mas continua em fase de regulamentação no Congresso Nacional. Infere-se que a Emenda Constitucional nº 132/2023 (RT) propõe mudanças significativas no STN e introduz, nas PPT, os princípios da “justiça tributária” e da “defesa do meio ambiente”, confirmando o viés do tributo em cumprir com os objetivos do Estado na concretização de um bem público</p> 2025-09-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 REVISTA DA AGU https://revistaagu.agu.gov.br/index.php/AGU/article/view/3678 A racionalidade neoliberal e a coisificação das relações laborais 2025-07-22T13:22:44-03:00 Sonilde Lazzarin sonildelazzarin@gmail.com Helena Lazzarin helenalazzarin@gmail.com <p>O presente estudo tem como objetivo analisar a racionalidade hegemônica neoliberal na sociedade contemporânea. Para isso, aborda-se, inicialmente, a metamorfose das relações laborais e sociais, especialmente através da ideia do “empreendedor de si mesmo”; e explicita-se o paradoxo entre liberdade e autoexploração frente ao embuste da meritocracia. O adoecimento e a exclusão dos trabalhadores das proteções sociais são enfrentados posteriormente, e é feita uma crítica ao sistema de Seguridade Social no Brasil, o qual ajusta a normatividade dentro da ótica neoliberal, ao conviver pacificamente com o necropoder e a erosão dos direitos fundamentais. Ao final, apresentam-se alternativas a fim de amenizar os efeitos dessa racionalidade – ou até mesmo de superá-la.</p> 2025-09-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 REVISTA DA AGU